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Entrevista Exclusiva: Michael Price, no nosso Projeto Internacional de Entrevistas

Está no ar a terceira das entrevistas do Projeto Internacional de Entrevistas, idealizado pelo grupo alemão Sherlock_DE e realizado em conjunto com vários grupos/fansites de Sherlock pelo mundo: do Brasil ao Japão, passando pelos Estados Unidos, Argentina, Filipinas, França, Índia, entre outros.

Começamos o projeto em agosto (Veja aqui), coletando perguntas dos leitores para o autor Joe Lidster e seguimos com o Speedy's Cafe. Agora é a vez do compositor Michael Price que além de compor a trilha de Sherlock em parceria com David Arnold, também irá produzir o filme "Delicious" (estrelado pela eterna Molly, Louise Brealey; curta aqui a página do filme) e foi o arranjador das trilhas de "O Senhor dos Anéis", "O Espião Que Sabia Demais", "James Bond - Quantum of Solace", entre outros. 

Não deixe de visitar seu site (aqui) e seu Tumblr (aqui) e encontrá-lo em sua página do Facebook (aqui) e no Twitter: @michael__priceE fique ligado! Nossa próxima entrevistada será a mesma Louise Brealey e então comece a pensar em perguntas legais pra mandar pra gente!


Music 4

Como você se tornou o compositor da série? Foi escolhido ou houve uma seleção?
David e eu já tínhamos trabalhado com Mark Gatiss antes, e quando eles estavam procurando por uma direção mais fresca pro piloto, ligaram pra gente.

Você normalmente compõe a música antes de ver as cenas, ou assiste antes e compõe de acordo com elas?
Nós esperamos pela peça editada, e trabalhamos diretamente pra ela. Embora a gente tenha alguns temas já prontos pra Sherlock agora.

Quando compõe a música pra Sherlock, vocês a fazem de acordo com suas visões e gostos pessoais sobre Sherlock Holmes ou é de acordo com a visão e o gosto de Moffat e Gatiss?
É mais um trabalho em equipe. As opiniões de Mark, Stephen e Paul McGuigan são cruciais. Nós somos só uma parte de uma coisa maior.

Dentre todo o seu trabalho musical na série, qual o que te marcou mais?
Eu gosto do final de [A Queda de] Reichenbach, e eu sei que David é um fã de Escândalo [na Belgrávia].

De quem foi a ideia de usar "The Thieving Magpie" como a música-tema de Moriarty quando ele rouba as jóias da Coroa? Me lembra a cena de "Laranja Mecânica", que usa a mesma música. Foi intencional?
Estava no roteiro, e eu acho que funcionou muito bem.

Como você e David Arnold trabalham pra manter os prazos durante toda a temporada?
Nós nos ligamos muito, e trocamos vários arquivos de Lógica.

Você buscou inspiração em alguma versão anterior de Sherlock Holmes?
Não. Nós tentamos reagir ao que estava na nossa frente e buscar um apelo que fosse honesto com esse retrato de Holmes em particular.

Antes de compor, você faz alguma pesquisa ou apenas se joga e vai?
Na maior parte das vezes tem a ver com você se sentar com a peça na sua frente, e ter que fazer [a trilha para] um episódio inteiro em 2 semanas. É ótimo para a concentração.


Você tem alguma ideia particular para a Terceira Temporada de Sherlock?
Nós estamos esperando pelo roteiro, mas sim. David e eu já conversamos sobre algumas ideias novas.

Sherlock é um bom violinista ou só um exibido?
Ele é um exibido em tudo.

Que instrumentos você usa na sua orquestra?
Usamos uma combinação de cordas reais, guitarras reais e bandolins e percussão e vários sons contemporâneos da nossa coleção de samples.

Quanto tempo em média vocês levam para compor cada faixa de Sherlock?
Normalmente entre 2 a 3 semanas para escrever a música de cada episódio.

Você já foi assistir a filmagem para talvez se inspirar?
Não, mas quem sabe dessa vez!

Você já compôs algo para a série que não entrou?
Sim, às vezes. É parte do processo haver várias formas de tocar uma cena e um debate saudável sobre isso. Não é sempre que a gente vai de primeira.

Você e David já tiveram alguma discussão durante o trabalho? Como resolvem?
Nós fazemos queda-de-braço.

Quantos membros participam da orquestra da série?
O maior grupo foi de quase 20 cordas para Reichenbach, e todas as outras coisas como violões e percussão que nós gravamos separadamente.

Eu assisti alguns de seus live streams, você vai continuar a fazê-los? Eu acho fantástico!
Obrigado, e sim, espero fazer mais.

Com que idade você começou a tocar piano?
13 ou 14?

Se você tivesse que atuar, quem você seria: Greg Lestrade ou Mycroft Holmes?
Acho que Mycrof, pela qualidade dos seus sapatos.

Você encontrou e conheceu alguém do elenco de Sherlock?
Às vezes nossos caminhos se cruzam, e Louise Brealey acabou de concordar em estrelar um filme que eu estou produzindo. O que é ótimo.


Sound Of Sherlock 2

Como são seus fãs? Aparece gente do nada falando com você quando te reconhecem?
Compositores de filmes geralmente são totalmente anônimos, e nós meio que gostamos que seja assim, mas é sempre muito legal ouvir que alguém gostou de um programa ou filme.

Que conselho você daria a alguém que gostaria de ter um trabalho como seu?
Tenha paciência, persistência e uma crença levemente peculiar de que tudo vai dar certo no final.

Quando e como começa o processo criativo?
Desde a primeira vez que eu e David vimos o piloto e ficamos de cara.

Todos os personagens tem seus próprios temas?
Sherlock, Watson e Moriarty definitivamente sim, e na Segunda Temporada, Irene Adler também teve e, é claro, o Cão.

Do que você mais gosta em ser um compositor para TV e cinema?
É a chance de fazer parte de algo que conta boas histórias a muitas pessoas.

Qual a sua lembrança mais antiga sobre música?
Eu comecei com um gravador, mas tocava trompete o tempo todo durante a minha infância. Era divertido.

Algum conselho para jovens compositores? 
Escreva constantemente, e encontre gente divertida com quem você possa colaborar.

É mais fácil compor música independente (como "Hope for better weather") do que a trilha de um filme ou vice versa?
É só diferente. Eu gosto de não ter que dar satisfação a ninguém às vezes, mas eu também amo a emoção de fazer parte de uma equipe incrível como em Sherlock.

É mais fácil trabalhar sozinho ou em equipe quando se tem um prazo?
Eu gosto de trabalhar com outras pessoas. Pode ser um desafio às vezes, mas normalmente aparecem coisas que vão por direções inesperadas. E nós temos uma equipe de música ridiculamente boa em Sherlock.

Eu gosto muito os temas musicais que pertencem a personagens específicos, e de como esses temas se tornam músicas incidentais - mesmo que sejam cenas dramáticas (como Sherlock prestes a tomar a pílula), sempre há um lembrete de quem esses personagens são em essência e o que a situação significa pra eles (o tema de John aparecendo quando ele corre pelos corredores procurando Sherlock). Quando compuseram os temas para esses personagens, vocês discutiram as ideias sobre eles com os roteiristas e existem elementos específicos em que vocês se concentram?
Fico feliz que isso tenha aparecido. Isso é algo que David e eu tentamos e trabalhamos em cima. Você não quer ouvir exatamente a mesma coisa toda vez que Watson chega a um lugar mas nos momentos-chave, é ótimo poder conectá-lo emocionalmente a Sherlock através da música.


O que você faz em seu tempo livre?
Quando você diz "tempo livre"...

Realização: Time PIE

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