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Imagem: Estadão
Durante a passagem de Mark Gatiss no Brasil aconteceram alguns contratempos envolvendo sites e fan sites que, como nós e o LUV Doctor Who foram credenciados e descredenciados em cima da hora ou como o excelente Ligado em Série, tinham uma exclusiva marcada que também fora desmarcada. Com as reclamações nas redes, o Ligado em Série merecidamente conseguiu sua exclusiva de volta e pegou uma carona com Mark Gatiss em São Paulo, enquanto seguiam do hotel para a Livraria Cultura.

Gentilmente, o site entrou em contato conosco e pediu para que enviássemos duas perguntas, que seriam feitas em nosso nome. Foi muito bacana do Ligado ter aberto o espaço pra gente e falado do nosso blog durante a entrevista e nós ficamos muito felizes com a oportunidade e escolhemos duas que atiçavam a nossa curiosidade - e a dos fãs - há bastante tempo. Veja a reprodução abaixo:

Foto: Ligado em Série
Ligado em Série: A segunda pergunta vem do pessoal do Sherlock Brasil, um blog que se especializa em cobrir exclusivamente a série e são muito dedicados. Eles gostariam de saber sobre os bastidores do primeiro episódio da terceira temporada, The Empty Hearst: as cenas falsas que vocês gravaram para despistar imprensa e da cena de Sherlock e Watson num bar gay que acabaram não entrando no episódio. Os fãs terão a chance de ver estas cenas no DVD?

Mark Gatiss: Bom, elas não estarão no DVD. A cena falsa, na verdade, foi uma coisa bem pequena. Eu tinha um plano bem mais elaborado para fazermos várias e várias cenas de mentira. Uma delas envolvia inclusive um palhaço pendurado no prédio e eu iria chamar algum colega como Ben Wisher ou Tom Hiddleston para vir disfarçado de Benedict [Cumberbatch] só para as pessoas não terem a menor noção do que estava acontecendo, mas no final das contas não tivemos tempo. A única coisa que conseguimos fazer rapidamente foi criar a ideia de que Mycroft e Moriarty estariam mancomunados, então Andrew [Scott] e eu gravamos uma cena num hospital onde os personagens se cumprimentavam de uma forma suspeita e de última hora eu disse pra ele: “coloque o casaco do Benedict, porque isso vai ferrar com a cabeça de todo mundo!” [risos]. Talvez a gente mostre em algum lugar, mas não foi nada além disso. Já a tal “cena do bar gay” seria uma pequena parte da sequência cômica em que Sherlock e Watson estão bêbados. Gravamos vários e vários takes dela, mas ela acabou ficando longa demais. Foi uma decisão difícil [cortá-la], porque ficou muito engraçada. Literalmente era Martin e Benedict bêbados como gambás e no fundo da boate dezenas de homens com o corpo pintado, numa grande “rave”. Eram muitos deles e ficou tão longo que pareciam que eles estavam numa despedida de solteiro ou algo do tipo. Vamos tentar mostrar essas cenas em algum momento também, mas no fim não há nada de mais nelas também.

Imagem: Divulgação RCM

Ligado em Série: A base de fãs de Sherlock cresceu muito ao longo das temporadas, seja pelo boca a boca, por downloads, Netflix etc. Aqui mesmo no Brasil nós não tínhamos acesso oficial à série até pouco tempo atrás, quando ela estourou mundialmente e a BBC a trouxe pra cá. Então essa foi uma produção em que sua base de fãs foi crescendo exponencialmente a cada temporada. O pessoal do Sherlock Brasil também perguntou sobre isso. Com tanta gente assistindo a série agora e com toda a expectativa que o cliffhanger da segunda temporada deixou, você e Steven consideraram as teorias e expectativas dos fãs ao escrever a terceira temporada ou vocês procuram não se influenciar por tudo isso?

Mark Gatiss: Nós sabíamos que haveria uma reação grande do salto de Benedict do prédio, mas não tínhamos absolutamente nenhuma ideia que tomaria a proporção que tomou e o fato de que virou um tópico de discussão global. Nós olhamos várias teorias porque elas estavam em todos os lugares. No YouTube tinha um vídeo bem marcante, de um sujeito fazendo um tipo de palestra universitária com maquetes e tudo mais para explicar sua teoria, então foi tudo muito divertido. Obviamente nós já sabíamos como iríamos explicar o salto quando e onde gravámos, mas como a cena tomou essa proporção nós sabíamos que simplesmente não poderíamos somente “explicá-la”. No fim é o mistério que permanece e não a pergunta original. Então criamos aquela primeira cena absurda do evento para colocar na cara da pessoas a reação de espanto (“eles ficaram loucos?”), mas no fim a nossa explicação era a que havíamos planejado de início.


Nosso muito obrigado a Bruno Carvalho e todos do Ligado em Série!

A entrevista completa está imperdível, não deixe de ler! (Aqui)

Leia também a nossa cobertura da passagem de Gatiss pelo Rio de Janeiro, na Livraria Cultura (aqui) e na Rio Content Market (aqui).

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